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Como um celular pode explodir no bolso de uma pessoa?

Foto do escritor: amgwebradioetvamgwebradioetv

O superaquecimento da bateria é o principal motivo que pode levar à explosão de um celular, mesmo que ele não esteja conectado a um carregador, segundo especialistas ouvidos pelo g1.


O tema chamou a atenção depois de uma jovem se ferir após o celular que estava no bolso traseiro da sua calça explodir enquanto ela fazia compras em Anápolis, em Goiás, no último sábado (8).


Imagens das câmeras de segurança da loja registraram quando o fogo começou.

A bateria de íon-lítio, que costuma ser usada nos celulares, é sensível a altas temperaturas, e um aumento excessivo pode causar um fenômeno chamado de fuga térmica, segundo Gabrielle Silva, do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e especialista de parcerias em tecnologia da TIM Brasil.


"Esse é um processo no qual o calor gerado pela bateria é maior do que o que pode ser dissipado, levando à combustão", descreve Gabrielle Silva."Esse é um processo no qual o calor gerado pela bateria é maior do que o que pode ser dissipado, levando à combustão", descreve Gabrielle Silva.


Mas esse tipo de situação é rara porque exige que a estrutura de proteção interna da bateria seja danificada, o que não é comum, segundo Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética.



"As baterias de íon de lítio têm múltiplos sistemas de segurança para evitar superaquecimento", explica. "Por isso, para o superaquecimento acontecer, geralmente, é necessária uma combinação de fatores extremos".


Nesse sentido, Silva descreve três situações que podem levar ao superaquecimento da bateria e, possivelmente, à explosão do celular mesmo desconectado do carregador. Confira:


1. Impactos na estrutura da bateria


Pressionar, perfurar, derrubar ou bater o celular pode danificar a separação interna entre os condutores de corrente elétrica da bateria, gerando curtos-circuitos e superaquecimento.


2. Exposição ao calor


Deixar o aparelho em ambientes muito quentes pode acelerar processos químicos na bateria, desencadeando uma reação descontrolada. Por exemplo, quando o celular fica no carro no sol por muito tempo.


Para evitar esse tipo de situação, o aparelho também não deve ser carregado em recipientes fechados, como bolsas, malas, gavetas, caixas e bolsos de caixas, orienta a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em seu site.


Em 2024, celular explodiu e provocou incêndio em Toledo (PR) — Foto: Reprodução/RPC


3. Usar baterias ou carregadores não originais


O uso baterias ou carregadores não oficiais pode aumentar a probabilidade de falhas e acidentes, já que esses aparelhos não passaram pelos testes de segurança da Anatel.


Existem muitos carregadores falsos sem mecanismos básicos de segurança contra o aquecimento excessivo, sobrecarga e curto-circuitos, segundo a agência.


"Isso pode resultar em superaquecimento do aparelho, riscos de explosão, choques elétricos ou até mesmo incêndio, colocando em perigo a segurança do usuário e de quem está ao redor, podendo ser fatais", alerta a Anatel.

O mesmo acontece em relação às baterias falsas, que podem vir com a estrutura de proteção danificada e, consequentemente, ficarem mais propensa a acidentes, segundo o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética.


Ainda não se sabe ao certo o que levou à explosão do celular no bolso da mulher em Goiás. O caso está sendo investigado. A Motorola, fabricante do aparelho, disse que fez contato com a consumidora para apurar os detalhes do ocorrido e providenciar a análise técnica.


O marido da vítima afirmou que o aparelho era novo e nunca tinha sido consertado.


FONTE: G1


 
 
 

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