Secretaria apura suposta agressão contra homem que deu 60 socos em mulher
- amgwebradioetv
- 4 de ago.
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A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte informou que apura uma suposta agressão sofrida por Igor Cabral, homem que espancou a namorada com 61 socos. Ele alega ter sido agredido por policiais penais na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim (RN), onde está preso desde sexta-feira (1).
Em nota à CNN, a SEAP afirmou ter adotado providências imediatas após receber a denúncia. A Coordenadoria de Administração Penitenciária e a Ouvidoria do Sistema Penitenciário se deslocaram até a unidade prisional para acompanhar Igor, que foi encaminhado ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) para realizar exame de corpo de delito.
Além da Polícia Civil, a Corregedoria do Sistema Prisional foi acionada e disse que adotará todas as medidas necessárias, dentro de suas atribuições. A CNN tenta contato com a defesa de Igor e aguarda posicionamento da Polícia e da Corregedoria.
Alta hospitalar e apoio
Juliana Garcia, a mulher espancada com mais de 60 socos, ainda não tem previsão de alta hospitalar. A informação foi divulgada pela defesa dela, representada pela advogada Renata Araújo, na tarde deste domingo (3).
Em nota publicada nas redes sociais, a advogada afirmou que a vítima "está bem e em processo de recuperação no hospital". Há dois dias, a mulher passou por uma cirurgia de reconstrução facial devido às agressões, no Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em Natal.
A defesa também relatou que Juliana tem recebido apoio e carinho de diversas pessoas, que desejam enviar flores e presentes à ela. Porém, a advogada esclareceu que "por orientação médica e para evitar riscos, não está sendo permitido o recebimento de flores no hospital".
Ainda de acordo com a advogada, no momento, não estão autorizadas visitas de "pessoas externas à rede de apoio dela".
Alegações do agressor
Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, integrou a seleção brasileira de basquete 3x3 e disputou torneios internacionais, incluindo campeonatos mundiais. O nome dele também consta nos registros da Liga Nacional de Basquete e dos Jogos Olímpicos. Após a repercussão do caso, Igor desativou as redes sociais.
Em depoimento à polícia, o ex-jogador alegou ter sofrido um "surto claustrofóbico" no momento da violência.
Segundo a Polícia Civil, o homem já teria agredido a mulher em outras ocasiões anteriores ao caso. Em um formulário que precisava ser preenchido, Juliana informou que já havia sido agredida com empurrões e que também sofria violência psicológica grave.
De acordo com a corporação, Juliana teria conversado com Igor sobre a possibilidade de tirar a própria vida e "ele incentivava ela a tomar essa atitude".
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