Polícia do Rio deflagra nova operação contra expansão do Comando Vermelho

As polícias Civil e Militar do Rio deflagraram, na manhã desta sexta-feira (14), mais uma fase da Operação Contenção, que tem como objetivo combater a expansão do CV (Comando Vermelho) no Rio de Janeiro.

Nesta ação, agentes da DRE-CAP (Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e do Bope (Batalhão de Operação Policiais Especiais) atuam nas localidades da Bacia do Éden, Castelinho e regiões adjacentes, no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

De acordo com a polícia, a operação é resultado de uma investigação policial da DRE-CAP desenvolvida por 11 meses. A ação busca cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Ao todo, oito suspeitos foram presos, duas armas e um carregamento de drogas foram apreendidos.

Entre os alvos das medidas cautelares está o irmão do vereador de São João de Meriti Marcos Aquino (Republicanos), além de pessoas próximas, todas investigadas por possível envolvimento com o núcleo do CV que atua na região.

De acordo com apuração da CNN Brasil, o irmão do vereador não foi localizado, mas o próprio vereador foi ao local. Com ele, a polícia encontrou uma arma de fogo que pertenceria a outra pessoa. Por conta disso, ele foi conduzido à delegacia.

A defesa do vereador Marcos Aquino classificou a detenção como arbitrária e atribuiu o episódio a perseguição política. Já o advogado do empresário Paulo Aquino, irmão do parlamentar, rejeitou qualquer associação dele a atividades ilícitas.

Além do cumprimento das medidas cautelares, a ação busca conter o avanço territorial da organização criminosa, prender integrantes já identificados, arrecadar novas provas, identificar patrimônios ilícitos para posterior bloqueio judicial, bem como apreender drogas, armamentos e remover barricadas e obstáculos que restringem o direito de ir e vir da população local.

Operação Contenção

A ação desta sexta é mais uma fase da Operação Contenção, a mesma que terminou com 121 mortos após atuação da polícia nos complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de outubro do mês passado.

Entre os mortos, estão quatro policiais. A ação se tornou a mais letal já registrada no Brasil.