O que se sabe e o que falta esclarecer sobre a megaoperação nos complexos do Alemão e Penha, no Rio
- amgwebradioetv

- 30 de out.
- 2 min de leitura

A megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 120 mortos, segue cercada de dúvidas e versões conflitantes.
Enquanto o governo estadual e as forças de segurança defendem a ação como “legal e necessária” para desarticular a cúpula do Comando Vermelho (CV), especialistas e organizações de direitos humanos cobram transparência sobre as circunstâncias das mortes, o uso de câmeras corporais e a situação dos corpos encontrados na área de mata.
Entre as muitas perguntas sem resposta estão: o que aconteceu com as gravações das câmeras policiais, como se deu o chamado “muro do Bope”, de que forma ocorreram as mortes na mata e quem eram, de fato, as vítimas.
Abaixo, o g1 reúne o que já se sabe — com base nas declarações oficiais — e o que ainda falta esclarecer sobre os principais pontos da operação que transformou a Penha e o Alemão em palco de um dos episódios mais violentos da história recente do Rio.
Câmeras corporais
O que se sabe:
O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, afirmou que o uso de câmeras corporais foi adotado durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. Segundo ele, “todos os requisitos da ADPF foram observados” e “a presença de câmeras corporais também aconteceu”, em referência à determinação do Supremo Tribunal Federal que impõe regras para operações em favelas.
As baterias das câmeras têm duração aproximada de 12 horas e parte das imagens pode ter se perdido por falta de bateria. A operação começou a ser preparada por volta das 3h de terça-feira (28), com as tropas em movimento a partir das 5h. Em meio à ação, nem todas as câmeras puderam ter as baterias substituídas ou recarregadas, o que pode ter causado a perda de parte das gravações.
O que falta esclarecer:
Ainda não está claro quantos policiais usavam câmeras corporais no momento da operação, quantas imagens foram de fato gravadas e em que momento os registros foram interrompidos. Também não há informação sobre como será feita a análise e a divulgação dos vídeos captados pelas equipes.
Fonte: G1






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