Adolescente que frequentou casa de Hytalo desde os 10 anos considerava ele “figura paterna”
- amgwebradioetv
- 18 de ago.
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Uma influenciadora menor de idade que vivia com Hytalo Santos, preso na última sexta-feira (16) em uma investigação que apura exploração e exposição de adolescentes nas redes sociais, conheceu ele aos sete anos, em uma praça da cidade de Cajazeiras, na Paraíba, de acordo com depoimentos judiciais obtidos pelo Uol. Aos 10 anos, a menor já frequentava a casa dele e aparecia em vídeos de dancinhas publicados na internet.
O caso ganhou repercussão após ser exposto em um vídeo do influenciador Felca sobre adultização de crianças. A menina, atualmente com 17 anos, é uma das adolescentes mais citadas no trecho em que o youtuber fala sobre Hytalo Santos.
A exposição sexualizada da jovem nas redes sociais foi alvo de uma denúncia à ouvidoria do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) em julho de 2020, quando ela tinha 12 anos. Em 2022, o MP obteve medidas protetivas, exigindo acompanhamento do Conselho Tutelar, tratamento psiquiátrico e comprovação de frequência escolar. Segundo o órgão, o influenciador recebeu o documento em mãos, recusou-se a assiná-lo e manteve a postagem dos conteúdos em seus perfis.
o entanto, o processo foi arquivado em fevereiro de 2024, a pedido do próprio MP, que considerou que as medidas foram atendidas de forma satisfatória e que a jovem não corria riscos. No sábado (16), quando a defesa de Hytalo entrou com pedido de habeas corpus, usou o arquivamento como argumento em favor de que ele fosse solto. O pedido foi negado pela Justiça.
Mesada para os pais e Hytalo como “figura paterna”
De acordo com depoimentos, a menina conheceu Hytalo no momento em que o pai dela havia abandonado a família, depois de anos de violência doméstica contra a mãe. Por conta dos traumas, a menor fazia tratamento psiquiátrico no SUS.
Quando a menina começou a produzir vídeos de dancinhas para o influenciador, a família vivia com a ajuda de programas sociais como o Bolsa Família e o Auxílio Brasil. Depoimentos revelam que Hytalo enviava à família da menina entre R$ 2 mil e R$ 3 mil mensais, além de custear escola, roupas e o celular da adolescente.
Mesmo com a investigação do MP, a jovem e a família dela sempre retrataram a relação com Hytalo como algo positivo, ressaltando a participação financeira dele na vida da família. A menor chegou a afirmar em depoimento que o considerava uma “figura paterna”.
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