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Rússia diz estar 'pronta' para discutir com EUA cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia; assessor de Putin critica proposta

Foto do escritor: amgwebradioetvamgwebradioetv

A Rússia afirmou nesta quinta-feira (13) que está "pronta" para discutir com representantes dos Estados Unidos uma proposta de cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia, aceita pelos ucranianos nesta semana.

Ao mesmo tempo, o principal assessor de política externa de Putin criticou a proposta americana e o governo russo reiterou suas exigências para chegar a um acordo.

A fala de Zakharova ocorreu momentos antes da chegada à Rússia do enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que está à frente das negociações pelo lado americano. Segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, o avião de Witkoff pousou em Moscou pouco antes das 13h no horário local (7h no horário de Brasília).

A chegada de Witkoff ocorre dois dias após a Ucrânia ter aceitado uma proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias no conflito após uma longa rodada de negociações entre autoridades americanas e ucranianas em Jedá, na Arábia Saudita, na terça-feira.

O assessor de política externa da presidência russa, Yuri Ushakov, criticou a proposta de cessar-fogo temporário, porque apenas daria tempo para o Exército ucraniano se reorganizar, e disse não haver "nada" para a Rússia no acordo.

Zakharova não confirmou oficialmente nenhuma negociação ainda nesta quinta-feira, mas é provável que encontros entre Witkoff e autoridades russas aconteçam imediatamente. Trump quer finalizar rapidamente o acordo de cessar-fogo na guerra da Ucrânia, e enviou seu representante à Rússia logo após o aceite ucraniano no acordo.

O Kremlin, que havia se demonstrado reticente na quarta-feira, afirmou que os EUA compartilharam mais detalhes sobre o possível acordo e sobre as conversas com a Ucrânia. Ushakov disse que conversou por telefone com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, em que explicitou sua insatisfação com a proposta americana.

Trump afirmou esperar que seu colega russo Vladimir Putin apoie o plano de cessar-fogo e que poderia o pressionar a aceitar a proposta, mas acredita que isso não será necessário. Ele evitou detalhar o que faria em caso de uma negativa, disse apenas que "posso fazer coisas financeiramente, e isso seria muito ruim para a Rússia. Não quero fazer isso porque quero obter paz".

O presidente dos EUA disse que "falará" com o presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente nesta semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que um telefonema entre Putin e Trump poderia ser organizado rapidamente, se necessário, e que o presidente russo "pode ter uma ligação" internacional nesta quinta-feira.

A Rússia afirma que quer um cessar-fogo definitivo na guerra e vê com maus olhos uma proposta de trégua temporária. Americanos e líderes europeus também já expressaram a importância e o desejo de chegar a um acordo que traga paz duradoura.

Ainda não se sabe qual a postura de Putin em relação às negociações com os EUA em relação a este acordo de cessar-fogo temporário de 30 dias. Oficiais de alto escalão russos afirmaram à Reuters que uma proposta sem garantias ou compromissos concretos seria improvável de ser aceita pelo presidente russo.

Em meio à chegada de Witkoff, o governo russo declarou novamente suas exigências para um cessar-fogo:


  • Deve incluir garantias de segurança ao país;

  • Qualquer presença de tropas da Otan na Ucrânia seria inaceitável;

  • Não abrirá mão de territórios conquistados na Ucrânia;

  • A Ucrânia tem que ser impossibilitada de entrar para a Otan.


A Rússia também corre contra o tempo para buscar uma posição ainda melhor nas negociações de paz. Apesar de estar tecnicamente vencendo a guerra, o país busca conseguir retomar o máximo possível de terras na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, onde tropas ucranianas realizam contra-ofensiva desde agosto de 2024.

Putin apareceu vestindo trajes militares, vista incomum ao longo dos últimos meses do conflito, durante visita Kursk na quarta-feira. Putin ordenou que seus comandantes concluíssem rapidamente a operação.


 
 
 

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