Você sabia que, somente no Brasil, há entre 300 e 400 mil casos anuais de ataque cardíaco? Pois é! Também conhecido popularmente como “infarto”, estamos falando de um dos principais responsáveis pelos óbitos de brasileiros e de demais pessoas ao redor do mundo, em geral.1
No entanto, a realidade não precisa ser necessariamente essa! Na verdade, o problema pode ser tratado — especialmente quando o atendimento é feito rapidamente. Inclusive, é por isso que você deve conhecer os principais sintomas e, portanto, aprender a identificá-los.1
Continue a leitura do nosso post para saber o que, de fato, é um ataque cardíaco, quais são os sintomas mais comuns, quais são os fatores de risco, como é possível reconhecê-lo e mais. Vamos juntos!
O que é ataque cardíaco?
O infarto do miocárdio — também conhecido como “ataque cardíaco” — acontece quando as células de uma parte do músculo do coração morrem devido à formação de um coágulo que bloqueia subitamente o fluxo sanguíneo.2 A principal causa desse evento é a aterosclerose².
Trata-se de uma condição em que placas de gordura se acumulam nas artérias coronárias, obstruindo-as. Na maioria dos casos, então, o infarto ocorre justamente quando uma dessas placas se rompe, formando um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo.2
O ataque cardíaco pode afetar diferentes partes do coração, dependendo da artéria bloqueada. Em situações menos comuns, o infarto pode ocorrer devido à contração da artéria, que impede o fluxo de sangue, ou pelo desprendimento de um coágulo formado no coração, que se move para os vasos sanguíneos.2
Quais são os dados sobre o ataque cardíaco no Brasil?
Como abordamos brevemente, o infarto agudo do miocárdio é a principal causa de mortes no Brasil, com uma estimativa de 300 mil a 400 mil casos anuais. A cada cinco a sete casos, infelizmente, ocorre um óbito. O cenário, portanto, destaca a urgência da situação, demonstrando como o atendimento médico nos primeiros minutos é crucial para aumentar as chances de sobrevivência e salvar vidas.1
Aliás, no mundo, o infarto também é a principal causa de óbitos, lado a lado com o acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2008, estimava-se que 7,3 milhões de mortes globais estavam atribuídas à doença coronariana, e 6,2 milhões, ao AVC. Já as projeções mais recentes indicam que, até 2030, quase 23,6 milhões de pessoas morrerão anualmente de doenças cardiovasculares.3
Quais são os sintomas do ataque cardíaco?
Agora que já entendemos o que é o ataque cardíaco e como andam os dados mais recentes, é interessante conhecer alguns dos principais sintomas do infarto. Assim, torna-se possível fazer uma identificação precoce de sinais que podem estar associados ao problema e, se for o caso, buscar ajuda precocemente.
Veja!
Dor ou desconforto no peito
A dor ou o desconforto no peito — frequentemente descritos como uma “sensação de pressão, de aperto ou de plenitude” — são os sintomas mais proeminentes durante um ataque cardíaco. Inclusive, essa dor pode irradiar para outras áreas, como as costas, o rosto, o braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito.2,4,5
O desconforto tende a ser intenso e prolongado. Além disso, muitas vezes, é acompanhado de uma sensação de peso sobre o tórax.2,4,5
Desconforto em outras áreas do corpo
Além da região peitoral, os sintomas podem se manifestar em várias áreas, incluindo os braços, as costas, o pescoço, a mandíbula e/ou o estômago. O braço esquerdo é particularmente propenso a apresentar o desconforto.2,4,5
Falta de ar
A falta de ar é um sintoma comum que pode ocorrer simultaneamente ao desconforto no peito ou até precedê-lo. A dificuldade respiratória é um sinal crítico de um possível ataque cardíaco.2,4,5
Outros sinais
Sintomas adicionais podem incluir suor frio, náuseas ou tonturas. Em alguns casos, é possível que surja uma sensação de desmaio.
Em idosos, mulheres, diabéticos e pessoas com doença renal crônica, os sintomas muitas vezes não são típicos, podendo ocorrer dor no estômago, falta de ar, náuseas e vômitos. 2,4,5
Como identificar um ataque cardíaco?
Identificar um ataque cardíaco é determinante para buscar ajuda médica imediatamente. Portanto, vá rapidamente ao hospital ou ligue para a emergência ao se deparar com alguns destes sinais:
sensação de pressão, aperto ou dor no centro do peito;5,7
desconforto que persiste por mais de alguns minutos — ou vai e volta;5,7
dor ou desconforto que ocorrem em um ou em ambos os braços, nas costas, no pescoço, na mandíbula e/ou no estômago;5,7
dificuldade em respirar, com ou sem desconforto no peito;5,7
suor frio;5,7
náusea;5,7
tontura.5,7
Diante disso, é válido enfatizar que, assim como nos homens, a dor no peito é um sintoma comum de ataque cardíaco em mulheres. No entanto, elas também podem apresentar outros sintomas que são “menos tradicionalmente associados” a infartos, como falta de ar, náuseas/vômitos e dor nas costas ou na mandíbula.5-7 Mais uma vez, reconhecer esses sinais e buscar uma ajuda médica imediata pode salvar vidas!
Quais são os fatores de risco?
Agora, chegou a hora de você conhecer os principais fatores de risco do ataque cardíaco.8 Você já tem alguma ideia de quais sejam? Vejamos abaixo!
Diabetes
A diabetes mal controlada está fortemente associada a danos nos vasos sanguíneos. A glicose elevada no sangue pode prejudicar as artérias coronárias, aumentando o risco de ataques cardíacos. Sendo assim, gerenciar cuidadosamente os níveis de glicose com dieta, exercícios e, se necessário, medicação, é essencial para reduzir esse risco.9
Tabagismo
O hábito de fumar é um dos principais fatores de risco para os ataques cardíacos. Afinal, a fumaça do tabaco contém substâncias químicas que danificam as artérias, promovendo o acúmulo de placas.10
Além disso, o monóxido de carbono presente no cigarro reduz a quantidade de oxigênio que o sangue pode transportar, colocando mais pressão sobre o coração. Portanto, parar de fumar é uma das melhores medidas preventivas que alguém pode tomar para proteger a sua saúde cardíaca.10
Hipertensão
A pressão arterial elevada coloca uma carga excessiva nas artérias, tornando-as mais propensas a danos. Com o tempo, isso pode levar ao estreitamento das artérias coronárias, aumentando o risco de um ataque cardíaco.11
O controle da pressão arterial, por meio de mudanças no estilo de vida e, se necessário, da administração de medicamentos prescritos, é crucial para mitigar esse fator de risco.11
Colesterol alto
Níveis elevados de colesterol — especialmente o LDL (lipoproteína de baixa densidade) — contribuem para a formação de placas nas artérias. Essas placas, então, podem obstruir o fluxo sanguíneo para o coração.12
Sendo assim, uma dieta saudável, rica em fibras e pobre em gorduras saturadas e trans, é fundamental para manter níveis de colesterol saudáveis. Em alguns casos, a medicação também pode ser necessária.12
Sobrepeso ou obesidade
O excesso de peso coloca uma pressão adicional no coração e nas artérias, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de outros fatores de risco, como hipertensão e diabetes. Perder peso a partir de uma dieta equilibrada e de atividades físicas regulares pode reduzir significativamente o risco de problemas cardíacos.13
Inclusive, o apoio de profissionais de saúde — como nutricionistas e fisioterapeutas — pode ser valioso nesse processo.
Sobrepeso ou obesidade
O excesso de peso coloca uma pressão adicional no coração e nas artérias, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de outros fatores de risco, como hipertensão e diabetes. Perder peso a partir de uma dieta equilibrada e de atividades físicas regulares pode reduzir significativamente o risco de problemas cardíacos.13
Inclusive, o apoio de profissionais de saúde — como nutricionistas e fisioterapeutas — pode ser valioso nesse processo.
Doença renal crônica
A presença de uma doença renal crônica está associada a um maior risco de problemas cardíacos. Afinal, os rins desempenham um papel crucial na regulação da pressão arterial e no equilíbrio dos fluidos no corpo.14 Sendo assim, quando estão comprometidos, a pressão arterial pode aumentar.
Como resultado, há uma inegável contribuição para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Ou seja, o controle cuidadoso da função renal e o tratamento de condições renais são essenciais para gerenciar esse fator de risco.14
Condições inflamatórias crônicas
Doenças inflamatórias crônicas — como a artrite reumatoide e a psoríase — podem aumentar o risco de doenças cardíacas. A inflamação crônica no corpo tende a danificar as artérias coronárias e a promover a formação de placas. O tratamento eficaz dessas condições, muitas vezes com a ajuda de medicamentos anti-inflamatórios, pode ajudar a mitigar esse risco.15
Síndrome metabólica
A síndrome metabólica é um conjunto de condições inter-relacionadas, incluindo a pressão arterial elevada, os altos níveis de açúcar no sangue, o excesso de gordura abdominal e os níveis anormais de colesterol.16 Indivíduos com a síndrome metabólica têm um risco aumentado de surgimento de doenças cardíacas.
Nesse sentido, adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e a prática frequente de exercícios, é fundamental para controlar essa síndrome e, claro, para reduzir o risco cardiovascular.16
Pré-eclâmpsia
As mulheres que experimentaram a pré-eclâmpsia durante a gravidez têm um risco aumentado quanto ao surgimento de uma doença cardíaca no futuro, haja vista que a pré-eclâmpsia envolve a hipertensão arterial durante a gestação e pode indicar uma predisposição a problemas vasculares. Desse modo, o monitoramento regular da pressão arterial e a manutenção de um estilo de vida saudável são práticas importantes para mulheres com histórico de pré-eclâmpsia.17
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