Uma discussão acalorada opôs vereadores e militantes em audiência realizada nesta quinta-feira (27) na Câmara dos Vereadores de João Pessoa para debater um projeto de lei que teria a intenção implementar conscientização sobre os malefícios da maconha nas escolas. A sessão dividiu parlamentares a favor e contra a proposta.
Intitulado de “Escola Sem Maconha”, o projeto, de autoria do da vereadora Eliza Virgínia (PP), representante do conservadorismo e autodeclarada evangélica , quer promover debates nas escolas da rede municipal dos malefícios da maconha e mecanismos para coibir sua comercialização e entrada em ambiente escolar.
Contra a proposta, o vereador da oposição, Marcos Henrique (PT), acusou Eliza de “querer lacrar” com o voto de repúdio ao Museu da Cannabis, aprovado na última terça-feira (25), bem como com a apresentação do projeto de lei.
Na visão do parlamentar petista, a discussão de votos de repúdio ao Museu e de projetos similares expõe de forma negativa os trabalhos legislativos da Câmara Municipal de João Pessoa, uma vez que a sessão da última terça-feira (25) teria repercutido.
“Ela é extremista. Ela quer lacrar porque fala com um público específico. Essa casa tem que ser seletiva, tem que entender o que está sendo votado e não deixar que isso aconteça. Precisamos defender essa casa. Não podemos deixar esses absurdos e fanatismo religioso passar. Nós estamos sendo vistos por toda Paraíba”, disse Marcos Henrique.
Eliza Virgínia, por sua vez, tentou justificar o seu projeto de divulgação de informações contra a maconha nas escolas. A vereadora alegou que os usuários da erva estariam ocupando espaços públicos de João Pessoa e criticou, o que na sua visão, seria uma propaganda da droga.
“A gente chega na praia, nas praças, está um monte de maconheiro fumando maconha. Não foi liberado. A maconha ainda é uma droga proibida. Não pode haver apologia. O Museu da maconha está ali para mostrar a seu filho que maconha não tem nada de mais. É politicamente correto falar bem da maconha hoje. Afinal de contas é para relaxar. Droga é droga. Não se deve ter essa visão tão aberta assim”, disse a autora do projeto.
Apesar dos debates, no entanto, a sessão presencial da Câmara dos Vereadores de João Pessoa desta quinta-feira (27) foi encerrada por falta de quórum. Mais da metade dos parlamentares não compareceram à casa legislativa para dar prosseguimento às pautas que estavam agendadas.
MaisPB
Seria melhor investir nas casas antigas, restaurá-las para transforma-las em locais turísticos, deixar a cidade mais colorida e bonita. Conservar a história, passamos e vemos as casas se deteriorando, indo embora e nada se faz com esta riqueza de antiguidade. Investir em outras áreas com mais prioridade do que um "museu da cannabis".