
Volta e meia a gente vê na imprensa críticas falando que o filme do Flash é tosco, que Zack Snyder não sabe dirigir e que um longa qualquer é “inassistível”. Certeza absoluta que quem escreve essas coisas ou não viu ou apagou da memória Cinderela Baiana, produção que tem Carla Perez como “atriz” principal e que completa agora 25 anos de seu lançamento.
Para saber do que se trata o filme — afinal, quase ninguém assistiu — o negócio é pensar num longa incrivelmente surreal, sem roteiro, sem atores e totalmente sem noção. Tudo isso ainda não dá a dimensão exata do que é Cinderela Baiana, um verdadeiro clássico da ruindade nacional e, certamente, um dos piores filmes brasileiros de todos os tempos.
Sério, não há concorrência para o que Carla Perez fez. Sabe aquele tipo de produção em que nada, mas absolutamente nada se salva? Pois é isso o que aconteceu aqui. Ou melhor, salva-se uma única peça: Lázaro Ramos, que estava bem no início de sua carreira e faz um papel secundário no longa.

O filme é um desastre em todos os sentidos: roteiro, direção, produção, distribuição, atuações e o que mais você quiser enumerar. A história mostra uma família extremamente pobre do interior da Bahia. Eles não têm o que comer e vivem mendigando. A filha do casal, a menina chamada Carlinha, passa fome mas adora dançar, mesmo sem música nenhuma tocando. Magrelinha e descalça, a garota não para de requebrar um só instante no meio da caatinga, já dando a entender que viria a ser uma grande dançarina no futuro.
Fonte R7
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