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Candidato de oposição diz que regime o submeteu a coação para assinar termo reconhecendo vitória de Maduro e deixar Venezuela


O candidato de oposição Edmundo González afirmou nesta quarta-feira (18) que foi forçado a assinar uma carta aceitando uma decisão do Tribunal Superior de Justiça da Venezuela que reconhecia a vitória de Maduro. A assinatura do documento permitiu sua saída da Venezuela, ocorrida no início do mês.


O opositor disse foi visitado por membros do governo Maduro na embaixada espanhola em Caracas, onde estava escondido em meio às perseguições, que deram um ultimato a ele. Depois disso, González pediu asilo político na Espanha, onde está atualmente. Quando chegou ao país europeu, González disse que deixou a Venezuela para evitar um conflito.


"Vou contar a verdade sobre minha saída da Venezuela. (...) O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, e a vice-presidente, Delcy Rodríguez, me apresentaram um documento para permitir minha saída do país. Em outras palavras, ou eu assinava ou sofria as consequências. Foram horas muito tensas de coação, chantagem e pressões", disse González.


Por conta da assinatura ter ocorrido sob coação, segundo González, o opositor disse também que o documento "está viciado e tem nulidade absoluta, devido a um grave vício no consentimento".


O opositor afirmou ainda que o governo venezuelano “sempre recorre a jogo sujo, chantagem e manipulação”, e considerou ser mais útil permanecer livre, mesmo que fora do país, do que ser preso e impossibilitado de lutar pelo resultado divulgado pela oposição, que deu vitória a González.


A publicação das atas eleitorais em um site foi motivo para o Ministério Público abrir investigação contra o candidato da oposição e pedir mandado de prisão contra González.


O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, rebateu a fala de González e o chamou de mentiroso


"As únicas coisas que a gente leva para o túmulo são o bom nome e a palavra (...) você está me coagindo para que eu o obrigue, estou disposto a mostrar conversas com Edmundo González (...) se você não desmentir o que acabou de dizer, vou mostrar as gravações e mais coisas", afirmou Rodríguez.


No primeiro pronunciamento após González deixar o país, Maduro falou do opositor em tom de despedida, desejou a ele "sorte em sua nova etapa da vida" e disse que agora "o país está tranquilo". O presidente venezuelano acrescentou que ele participou pessoalmente das negociações para González deixar o país.


FONTE: g1

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