Os confrontos se intensificaram após uma onda de expolosões de equipamentos de comunicação do Hezbollah em 17 e 18 de setembro, que deixou 39 pessoas mortas e mais 2.900 feridas.
Esta Quarta-feira (25) marca o terceiro dia de bombardeiros de Israel no sul do Líbano, a poucas horas de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Yourk, convocada pela França.
Pela primeira vez desde o início da guerra o contra Hamas na Faixa de Gaza, em outrubro passado, o Hezbollah disparou um míssil de longo alcance contra a sede do Mossad - serviço de inteligência e contraterrorismo de Israel - na periferia de Tel Aviv, a 200 km de distância da fronteira, e foi abatido pelo sistema de defesa antiaérea.
O Hezbollah confirmou a morte de mais um de seus importantes comandantes militares, Ibrahim Mohammed Kobeisi, num ataque israelense ocorrido na terça-feira (24) na periferia da capital Beirute. Kobeissi coordenava, segundo Israel, a rede de mísseis e foguetes da milícia. O mesmo bombardeio matou outros dois paramilitares do grupo xíita libanês.
Em reunião à margem da Assembléia Geral da ONU em Nova Your, Emmanuel Macron pediu ao presidente iraniano Massoud Pezeshkian que apoie uma desescalada, mas o iraniano respodeu que não era possível deixar o Hezbollah sozinho diante de Israel.
A china também afirmou que continuará a apoiar o Irã indempendente da evolução no contexto regional e internacional.
As críticas a Israel são cada vez mais duras. Em um comunicado divulgado na manhã de quarta-feira, o Iraque, o Egito e a Jordãnia acusaram Israel de empurrar a região para uma "guerra total". O emir do Catar chamou a guerra em Gaza de "crime de genocídio" na tribuna da Assembléia da ONU.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi mais longe, comparando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu a Hitler. Erdogan defendeu "uma aliança da humanidade" para conter o primiê israelense, que adiou mais uma vez sua viagem a Nova York e só deve discursar na sexta-feira.
Em três dias de bombardeios ao Líbano, 558 pessoas morreram, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, e 1.835 ficaram feridas. O número de libaneses descolados chega a cerca de 500 mil pessoas, segundo o chefe da diplomacia libanesa Abdallah Bou Habib.
O exército israelense disse que o míssil disparado contra Tel Aviv na manhã de quarta-feira foi "o primeiro" do Hezbollah, depois de ter sido interceptado pela defesa antimísseis israelense, acusando o movimento islâmico libanês de querer "agravar a situação".
Esse disparo de um míssil terra-terra é uma "escalada" do Hezbollah, disse outro porta-voz do exército, o tenente coronel Nadav Shoshani, em uma coletiva de imprensa. "O Hezbollah está, sem dúvida, tentando piorar a situação (...), está tentando aterrorizar mais e mais pessoas", acrescentou. As sirenes de alerta soaram nas regiões de Tel Aviv e Netanya depois que o míssil foi disparado.
Violência não traz benefícios pra ninguém, só desgraça!!! A paz é a melhor coisa a se fazer. 😉👍👍